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História

As origens

A história da casa de Croft começa ao longo de quatro séculos atrás, na cidade de York, à época um dos principais centros de comércio em Inglaterra.

Desde 1581 que o monopólio do comércio da cidade era detido pela Merchants Company of York. Em 1588, Henry Thompson, membro de uma proeminente família do condado de Yorkshire, foi admitido na Merchants Company e constituiu um bem-sucedido negócio de vinhos. Esta empresa tornou-se a casa de vinho do Porto que hoje conhecemos como Croft. A família Croft também tinha membros ilustres na comunidade mercantil em York, e as famílias Thompson e Croft certamente já se conheceriam. No entanto, só muito mais tarde é que os Crofts se envolveriam no negócio de Thompson.

Entretanto, a empresa de vinhos Thompson’s continuava a prosperar. Em 1647 a empresa tinha adquirido caves de vinho em Bordéus e também se tinha estabelecido em Hull, Londres e Amsterdão. À semelhança de outros comerciantes de vinho da época, a empresa Thompson’s não negociava apenas em vinho. As embarcações que fretavam para o transporte de vinhos das regiões vitivinícolas para o norte da Europa, transportavam igualmente outros bens, tais como têxteis, normalmente na viagem de regresso.

A mudança para Portugal

Por meados do século XVII, a firma Thompson’s tinha começado a importação de tecido para Portugal. Desde a assinatura do Tratado de Windsor em 1386, que Inglaterra e Portugal tinham sido parceiros comerciais muito próximos.

Em 1654, o comércio entre os dois países foi incentivado por um novo tratado, que concedeu privilégios especiais para a negociação de comerciantes ingleses em Portugal, incluindo o direito a impostos mais baixos. Como resultado, a família Thompson deixou de se concentrar tanto em França, que estava frequentemente em guerra com a Grã-Bretanha, e mudou-se para Portugal. Nesse tempo a empresa foi gerida por Richard Thompson, que ficou responsável por transformar a empresa familiar numa empresa de vinho do Porto.

Em 1707, Richard Thompson fez a fusão do negócio com a empresa de Thomas Phayre e Nathaniel Bradley, dois irmãos irlandeses que se estabeleceram em Portugal e que eram negociantes de vinho do Porto e de outros bens. A empresa tornou-se conhecida como Phayre, Bradley & Thompson, até que os dois irlandeses deixaram a socidedade e foram substituídos por um novo parceiro, Benjamin Tilden, tendo depois a empresa adotado o nome de Thompson & Tilden.

A família Croft

Entretanto, as famílias Thompson e Croft ligaram-se em 1681 através do casamento de Frances Thompson, de Kirby Hall – a casa da família Thompson, com Thomas Croft, de Hull.

O primeiro Croft a tornar-se sócio da empresa de vinho do Porto foi John Croft, aliás o primeiro de uma série de Crofts com o mesmo nome, o qual entrou para a empresa em 1736 com a idade de 42. Pouco depois, a empresa tornou-se conhecida como Tilden, Thompson & Croft.

O segundo John Croft foi o autor do primeiro livro detalhado sobre vinho do Porto – Um Tratado sobre os Vinhos de Portugal, que ele publicou em 1788. O seu sobrinho, John Croft III, nasceu em York, mas passou a maior parte de sua vida em Portugal, mantendo-se como sócio desde 1777 a 1800. Foi durante o seu tempo como sócio que a empresa produziu o primeiro vinho do Porto Vintage, o famoso Croft 1781. Daqui em diante seguiram-se mais vinhos do Porto Vintage, tais como os de 1784, 1785 e 1786.

Jack, O Espião

O filho de John Croft III, conhecido como Jack, foi um dos membros mais coloridos e marcantes da dinastia Croft. Era um homem de muitos talentos, um poliglota e cientista que mais tarde foi admitido na Royal Society, em Londres, e na Academia Real das Ciências de Lisboa, bem como recebeu um doutoramento honoris causa pela Universidade de Oxford. No entanto ele é recordado pelo seu trabalho como espião durante a campanha peninsular das guerras napoleónicas.

Em 1810, Jack foi recrutado por Charles Stuart, o ministro britânico em Lisboa, para recolher informações sobre os movimentos das tropas francesas no norte da Espanha e de transmiti-lo ao comandante das forças britânicas, Arthur Wellesley, mais tarde duque de Wellington. Para fazer isso, Jack teve de viajar sem ser detectado no território inimigo, até à Corunha, na Galiza, e criar uma rede de agentes para observar e informar sobre os movimentos do exército francês.

As suas mensagens foram levadas por emissários clandestinos, que eram transportados por mula para a costa da Galiza, onde eram apanhadas por pequenas embarcações britânicas e encaminhadas para Jack Croft no Porto para poderem ser decifradas.

O Fundo de Auxílio: “The Distribution”

Após a guerra, Jack Croft envolveu-se em mais uma difícil missão, a de administrar ajuda de um fundo, conhecido como Distribution, criado pelo governo britânico, a pedido do duque de Wellington para prestar socorro às famílias que sofreram como resultado da devastação causada pelos exércitos invasores nas regiões do interior de Portugal.

Os co-presidentes do fundo eram Jack Croft e um juiz português, Gaudêncio Torres.

Estes partiram de Lisboa em Setembro de 1811 com uma equipa de 17 voluntários e voltaram em Julho de 1812, abrangendo cerca de 5000 milhas a cavalo e distribuindo várias formas de ajuda a muitos milhares de pessoas. Em reconhecimento por esse trabalho, Jack Croft foi premiado com um baronato pelos britânicos, tornando-se Sir John Croft, de Cowling Hall, e mais tarde recebeu o título de Barão da Serra da Estrela pela coroa portuguesa.

Gonne, Gribble & Holford

Durante esse tempo, a casa do Porto tinha sido gerida pelo irmão de Jack, Frederick.

Em 1824, Frederick morreu deixando Jack como o único proprietário da empresa. Por esta altura, Jack voltou para a Inglaterra, onde a busca pelos seus múltiplos interesses pouco tempo lhe deixou para gerir a empresa do Porto.

Daí que Jack fez um acordo com o principal agente da Croft em Londres, a empresa Gonne, Gribble & Holford, no qual lhes deixava a gerência da empresa em troca de uma participação nos lucros. Este acordo provou ser um sucesso, particularmente até porque o filho de Jack, John Frederick Croft, quando atingiu a idade adulta, mostrou pouco interesse no negócio.

Quinta da Roêda

Na segunda metade do século XIX, a Croft ganhou fama como produtor de vinho do Porto Vintage, prestígio que perdura até aos nossos dias.

Em 1889, a empresa adquiriu a famosa propriedade Quinta da Roêda, uma das melhores vinhas da região do Douro, o que reforçou ainda mais a reputação da empresa, bem como lhe deu o controle sobre uma fonte de vinhos de excelente qualidade. Esta excepcional propriedade, muitas vezes referida como a jóia do vinhas da Douro, continua a ser a principal fonte de vinho do Porto Vintage da empresa.

Gilbey’s Invalid Port

Sabe-se que a empresa nesta altura era bem-sucedida, mas que sofria com falta de capital já que John Frederick não estava disposto a investir, pelo menos na mesma medida em que as gerações anteriores o tinham feito. Valeu então à empresa uma ajuda financeira provinda de uma fonte inesperada – uma empresa de vinhos chamada Gilbey’s, de Londres. Esta empresa tinha desenvolvido uma marca conhecida como o Gilbey’s Invalid Port, para a qual alegou propriedades tónicas e revigorantes.

O vinho foi fornecido por Croft, enviado em pipas e engarrafado pela Gilbey’s em Londres. O produto foi um enorme sucesso e esse novo negócio trouxe dinheiro muito bem-vindo ao negócio de vinho do Porto Croft. À medida que as vendas de Invalid Port cresceram, a Gilbey´s começou a preocupar-se em garantir a sua fonte de abastecimento de vinho apropriado. Em 1892, comprou metade das ações à Croft, ficando John Frederick como detentor da outra metade.

Os embarques de Invalid Port para a Grã-Bretanha continuaram a aumentar durante a década de 1890 e em 1894 foram estendidos a outros mercados, incluindo a Bélgica, Dinamarca e a Suécia. Nestes mercados de exportação, onde a firma Gilbey’s era desconhecida, o Invalid Port foi vendido usando a marca Croft. Como o negócio de Invalid Port cresceu, a ansiedade de Gilbey em relação à sua fonte de abastecimento tornou-se mais aguda. Em 1910, John Frederick Croft morreu e em 1911 a Gilbey’s comprou a sua quota à casa Croft através dos seus herdeiros, ficando com o controle total da empresa.  A ligação com a família Croft foi mantida apenas por um dos filhos de John Frederick, Percy Croft, que permaneceu como diretor da empresa em Londres, e ao qual é creditada seguinte máxima: “Qualquer tempo que não se passe a beber vinho do Porto é um desperdício de tempo.”

Os lendários Porto Croft Vintage

Com a eclosão da guerra, em 1914, o governo britânico tentou restringir as importações e, embora as exportações de vinho permanecessem activas durante os dois primeiros anos do conflito, acabaram mais tarde por cair.

No entanto, o período entre guerras assistiu a uma forte recuperação com as vendas de Invalid Port da Gilbey’s a atingir um pico de quase cinco milhões de garrafas. Paralelamente ao negócio de Invalid Port, a Croft concentrou-se no desenvolvimento da sua reputação como uma das melhores casas produtoras de vinhos do Porto Vintage.

Esta abordagem teve muito sucesso, e alguns desses vinhos, como o lendário Croft Vintage 1945, foram considerados como os melhores dos seus respectivos anos.

A Nova Direção

Após a Segunda Guerra Mundial, a empresa tomou um rumo diferente.

A partir de 1950 a legislação na Grã-Bretanha tornou impossível continuar a vender Invalid Port bem como fazer reivindicações em relação ao seu valor terapêutico. Novas marcas foram introduzidas para tomar o seu lugar, incluindo o Croft Distinction, que teve muito sucesso. Sob a liderança de Robin Reid, que foi um enérgico diretor da Croft de 1962 a 1990, a empresa também se diversificou noutras áreas.

O Brandy Croft foi introduzido em Portugal, tornando-se uma das aguardentes com mais sucesso no mercado e na década de 1970 a Croft também estendeu as suas atividades à produção de Sherry.

O Retorno à Propriedade Familiar

Em 2001, a Croft voltou para as mãos da família. Adrian Bridge, diretor da distinta empresa familiar de produção de vinho do Porto, então conhecida como Taylor Fonseca, garantiu a compra do negócio Croft à empresa Diageo.

Com a aquisição da Croft, o grupo Taylor Fonseca passou a designar-se The Fladgate Partnership. Os novos proprietários começaram um extenso programa de investimento na Croft. O primeiro passo foi a construção de lagares de granito para a pisa na adega da propriedade. O retorno à vinificação tradicional elevou a qualidade dos Portos Vintage a um nível superior. O Croft 2003 foi aclamado como um dos melhores vintages e as posteriores declarações, bem como lançamentos da Quinta da Roêda – os vinhos do Porto Vintage Single Quinta, aumentaram ainda mais a reputação da Croft como casa onde “nasceu” o vinho do Porto vintage.

A família também tem investido na Quinta da Roêda. Os socalcos da propriedade que contêm um grande número de vinhas muito antigas não foram tocados. No entanto, uma grande área de plantio mais recente foi substituída utilizando as mais recentes técnicas de enopaisagismo e uma selecção das melhores castas tradicionais de vinho do Porto, garantindo que a Roêda continue entre as melhores propriedades vitivinícolas da região do Douro durante as próximas décadas.

Criatividade e Inovação

Entretanto, sob a liderança de Adrian Bridge, a Croft tem prosseguido a sua tradição criativa e inovadora.

A empresa lançou o primeiro vinho do Porto rosé, o Croft Pink, produzido num estilo frutado, leve e fresco para ser bebido no verão. Novas misturas foram introduzidas, tais como o Croft Indulgence, um luxuosos e encorpado vinho do Porto Reserva, criado para poder ser apreciado em momentos de convívio.

Agora no seu quinto século, a Croft continua a crescer e a prosperar, continuando a produzir excelentes vinhos do Porto num estilo inimitável.

430º Aniversário

Lançamento do Croft 430th Anniversary celebra origem da casa em 1588 e a riqueza da história da mais antiga casa de vinho do Porto em actividade.

Segundo Adrian Bridge, Director-Geral da Croft, “É com grande alegria que no mesmo ano que celebramos os 430 anos da Croft celebramos também os 10 anos do lançamento do Croft Pink, o primeiro vinho do Porto rosé e que deu continuidade ao espírito pioneiro que caracteriza a história da casa”.

Para comemorar a efeméride, a empresa decidiu produzir uma edição limitada de um vinho do Porto, o Croft 430th Anniversary Celebration Edition. Os rótulos ostentam a recriação da obra “Naufrágio da Armada Espanhola em 1588” do artista plástico Holandês Jan Luyken, que faz parte do acervo do Rijksmuseum de Amesterdão.

O vinho, um lote criado em exclusivo para esta edição de celebração, é explicado pelo Director de Enologia David Guimaraens: “A Croft é conhecida pelos seus vinhos do Porto Vintage com aromas de fruta pungente e taninos sedosos. Este é um Porto Reserva Ruby soberbo, exibindo todo o seu carácter frutado, característico do estilo distintivo da casa.”

 

Croft Pink & Tonic

Em 2021, mantendo o seu espírito pioneiro, a Croft apresentou o Croft Pink & Tonic, o primeiro porto tónico rosé, em lata e pronto a beber.

Adrian Bridge, director geral da Croft, comentou: “É chegado o momento de apresentar este vibrante vinho do Porto, na versão ready-to-drink, com água tónica, numa atractiva lata. Estamos confiantes que o CROFT PINK & TONIC vai agradar a todos os que procuram um momento refrescante e informal. Além de demonstrar a versatilidade e variedade do Vinho do Porto.”

Para David Guimaraens, enólogo da Croft, o Croft Pink & Tonic que agora apresentamos é irresistível, pois combina a explosão de aromas de fruta com o atractivo final seco da nossa água tónica. É delicioso e muito prático para apreciar em qualquer momento e em qualquer lugar.”

O Croft Pink & Tonic é apresentado numa prática, conveniente, 100% reciclável, elegante lata de 250ml. Perfeito para desfrutar num momento de descontracção, em casa ou ao ar livre, no campo ou na praia, com amigos e família.